Depois de secar meu rosto
Sigo o ritual mecânico de pintura novamente
Mas o sentimento teima em brotar, molhado
Minha máscara é muito frágil
Não esconde meu monstro de ninguém
Sou um amontoado de papéis amassados que continham boas intenções escritas
Qualquer vento me bagunça
E expõe o que eu tento esconder até de mim: sou ordinária, falha, monstro.
quinta-feira, 31 de março de 2016
domingo, 20 de março de 2016
O pó nas coisas
E era delicado o jeito como ajeitava as coisas
Vestindo as paredes, criando seus próprios souvenirs de memória
E depois do eterno ajeitar se enfezava com a tarefa
Por isso deixava tudo bem arrumado e repousado
E de tranquilidade as microparticulas iam pousando de leve
Primeiro um pontilhado espaçado
E vai pousando e repousando
Até acumular em cima de tudo como um véu
É velada assim uma ausência
Porque falta o por que de ter que recolher tudo e tirar o pó das coisas
Falta sentir a obrigação, os olhares de reprovação
Para daí então ter que se adequar
Ter que tirar o véu das coisas e das pessoas
Vestindo as paredes, criando seus próprios souvenirs de memória
E depois do eterno ajeitar se enfezava com a tarefa
Por isso deixava tudo bem arrumado e repousado
E de tranquilidade as microparticulas iam pousando de leve
Primeiro um pontilhado espaçado
E vai pousando e repousando
Até acumular em cima de tudo como um véu
É velada assim uma ausência
Porque falta o por que de ter que recolher tudo e tirar o pó das coisas
Falta sentir a obrigação, os olhares de reprovação
Para daí então ter que se adequar
Ter que tirar o véu das coisas e das pessoas
Assinar:
Comentários (Atom)